As mulheres ainda são a minoria no setor automotivo, entretanto, há décadas algumas delas vêm rompendo a barreira do preconceito e abrindo o caminho. Isso quer dizer, que tais movimentos são como um convite para que outras mulheres também façam parte do setor e deixem sua marca. Isto é, seja para criação e desenvolvimento de automóveis ou na direção e coordenação de grandes projetos na indústria automobilística. Bem como também, em grandes competições de rali. Continue lendo e conheça as mulheres de impacto do setor automotivo que já marcaram a história e inspire-se!
Os primeiros produtos desenvolvido por elas
Primeiramente, vamos falar sobre o primeiro veículo no mundo movido a gasolina. Ele foi criado por Karl Benz, em 29 de janeiro de 1886. Contudo, não demorou muito para que as mulheres também se tornassem parte significativa no desenvolvimento e melhorias aplicadas aos veículos do mundo inteiro.
Uma delas foi a Mary Anderson, a mulher que desenvolveu os limpadores de para-brisa. Isso aconteceu durante um rigoroso inverno, em 1902, em Nova York. Mary, ao sair para dar uma volta de bonde percebeu a dificuldade que os motoristas tinham de enfrentar a chuva, a neve – eles paravam o tempo todo, inacreditável, não é? Foi então, que ela desenhou em seu caderno o projeto, que consistia em um limpador parecido com um rodo do lado de fora do vidro do bonde, com uma manivela do lado de dentro da cabine, segundo reportou o New York Times.
Sabe as setas e a luz de freio? Pois é, também são invenções de uma mente feminina, não é de surpreender, não é? Visto que as mulheres são mais atentas aos detalhes e a segurança do que os homens. Em meados de 1910, os motoristas sinalizavam com os braços pela janela para indicar quando iam fazer uma curva.
Naquela mesma década, a atriz Florence Lawrence, famosa nas grandes telas de cinema teve uma ideia. Ela desenvolveu um “braço sinalizador automático”, que ficava no para-lamas traseiro e levantava ou abaixava como um bracinho sempre que o motorista apertava um botão. Um tempo depois, ela disse para uma jornalista: “a mulher comum faz seus próprios reparos. Ela é curiosa o suficiente para investigar cada pequeno ruído em seu carro, e remediá-lo”.
A primeira mulher a dirigir um veículo
Assim como nas diversas áreas da sociedade, as mulheres foram ganhando autonomia e espaço gradativamente. Em 1888, Bertha Benz – esposa do Karl Benz (o criador do primeiro veículo que citamos no começo da matéria), foi a primeira mulher a fazer uma viagem de longa distância (104km) dirigindo o veículo. E detalhe, sem autorização de marido, em um tempo em que as mulheres tinham pouquíssima autonomia sobre si mesmas. No entanto, o que conta a história, é que ela viajou justamente para mostrar a criação de Karl.
As mentes brilhantes por trás dos belos designs
E elas não pararam por aí! Posteriormente, as mulheres passaram a conquistar mais espaços no setor. Como a Helena Rother que em 1943, também entrou para história se tornando a primeira designer de automóveis em uma grande montadora.
De maneira idêntica também temos a Diane Allen, que trabalha como designer na Nissan em San Diego, nos Estados Unidos desde 1984. Ela, inclusive, estava por trás da primeira pick-up Titan desenvolvida pela marca para o mercado norte-americano.
Semelhantemente, temos a Tisha Johnson, que é a designer chefe dos interiores da Volvo. Do mesmo modo, ela é também uma das criadoras do Conceito Autônomo 360c. O conceito por trás do veículo totalmente elétrico, autônomo e sem motorista.
Também é uma outra mulher a responsável pelo lançamento do Honda NSX, em 2015. Michelle Christensen, é a primeira a trabalhar com design exterior na Acura. Para CNN, ela comentou: “Nós sabíamos o quanto era importante que a Acura trouxesse esse veículo de volta e que ele fosse mais agressivo, mais malvado e mais extremo.” E sabe o que comentavam na época? Que Michelle parecia ser ‘o homem certo para o trabalho’.
Mulheres na direção de grandes indústrias
De conformidade com isso, elas não ficam só no desenvolvimento dos detalhes. Há também outras mulheres em altos cargos dentro do setor. Mesmo com todos os desafios, como por exemplo, a diferença de remuneração entre homens e mulheres que ocupam a mesma posição ainda é pauta presente em grandes instituições.
Em 2014 a TIME, classificou entre as 100 pessoas mais influentes do mundo Mary Barra – CEO Global da General Motors Company. A primeira mulher a se tornar presidente de uma grande montadora.
Ana Theresa Borsari, é a primeira mulher a se tornar Diretora Geral de uma grande montadora. Hoje, ela comanda a operação da Peugeot no mundo como Diretora Geral da Peugeot Citroën na Eslovênia. Segundo ela, “O cenário é positivo. Mesmo que o aumento da participação feminina seja tímido, as mulheres estão agindo com audácia e seguindo em frente.”
Linda Hasenfratz, diretora-executiva da Linamar – uma das maiores fabricantes de autopeças do Canadá, foi incluída no Canadian Business Hall of Fame. Ela também venceu o Prêmio Nacional EY de Empreendedorismo em 2014.
Paula Braga, que é sócia-diretora executiva de Automotive Business, participou do programa 10.000 Mulheres da FGV e Goldman Sachs em 2016. E é líder da Rede AB Diversidade, que foi desenvolvida para tornar as empresas desse setor mais plurais. O projeto que foi co-criado junto com Giovanna Riato, editora executiva do grupo.
Elas aceleram!
E claro que também temos as mulheres que marcam a história atrás dos volantes. Mulheres audaciosas, destemidas e com o espírito livre e sede pela adrenalina. Mulheres que competem, muitas vezes, de igual para igual com os homens em corridas e ralis.
A começar por Jutta Kleinschmidt, a primeira mulher a vencer um dos maiores ralis do mundo, o Dakar em Paris, em 2001. E que se tornou a inspiração e madrinha das brasileiras no Rali dos Sertões, desde 2020.
Temos também, a Danica Patrick, que é piloto da National Association for Stock Car Auto Racing (Nascar). Ela foi a primeira mulher a vencer uma corrida na Fórmula Indy. E é a primeira a conquistar o pole position na associação. Além do mais, é considerada a mulher mais bem-sucedida no automobilismo.
E claro, não podemos deixar de falar da Michele Mouton, piloto francesa e que com Fabrizia Pons na navegação, venceu as etapas de Portugal, Acrópolis e Brasil e lutou diretamente pelo título. Ela é a primeira a vencer uma etapa do WRC.
Torne-se quem você quiser ser!
Todas essas mulheres representam o progresso da luta feminina conquistada quilometro a quilometro em direção da liberdade. A liberdade de ser, fazer e estar. É inegável, que há muito para conquistar, e nós da TPARTS Autopeças, desejamos que essa matéria inspire você a se realizar.
Portanto, desejamos que as suas ambições sejam o combustível para realizar todos os seus sonhos. Que você tenha coragem para enfrentar os preconceitos e resista nos dias desafiadores. Decida ir além e deixe também a sua marca na história!
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Redator TPARTS é um profissional qualificado e experiente na produção de conteúdo especializado em pick-ups e vans.